Motivação de escrever
Bom… eu estava aqui num dia de sábado, às 07h45 e me veio espontaneamente na cabeça: o que é preciso pra ter empatia?
Um pouco óbvio, as pessoas que pensei como exemplo de empáticas, muitas vezes elas eram também altruístas. Lembrando que altruísmo é o ato dicotômico em relação ao egoísmo: ou seja, invés de se colocar em primeiro lugar frente aos outros, se coloca os outros acima de você.
Mas então, isso é apenas uma coincidência ou é realmente é necessário? Em outras palavras: é possível ter empatia mesmo não sendo altruísta?
Egoísmo
Egoísmo é comum. Talvez mais do que deveria ser; há uma certa confusão de egoísmo com individualidade. Ora, são coisas distintas! Egoísmo está relacionada com nossa identidade pessoal, está ligada diretamente com a ideia de que tudo gira ao seu redor (centro das atenções). Não é que você seja somente importante pra sua vida, afinal óbvio que na sua vida você é importante, mas você acredita fielmente que as outras pessoas também deveriam dar importância a você de repente até mais do que elas dão a si mesmo!
O egoísmo além de dar supremacia ao ego poderia tornar um indíviduo até mesmo um megalomaníaco: um complexo de superioridade que as outras vidas tem menos importância que a sua, uma ilusão, um delírio.
A individualidade por outro lado apenas preza que eu sou um indíviduo, eu tenho minhas vontades e elas devem ser respeitadas. Eu gosto da ideia de individualidade, mas tenho realmente dificuldade de lidar com pessoas egocêntricas por serem tão acidas e centradas em si.
Acredito que individualidade é necessário para a iluminação e o autoconhecimento, pelo menos em algum nível. É muito difícil não deixar sua identidade esparsa e nebulosa no meio de tanta explosão de informação pela internet.
Então entramos no oposto, senão é egoísta, então é altruísta? Não necessariamente. A seguir eu comento que o altruísmo pode ser às vezes até mais nocivo pra própria vida que o egoísmo.
Conclusão
Ou seja, não é necessário adotar extremos entre egoísmo e altruísmo para definir sua personalidade, é possível muito bem balancear o uso de empatia e individualidade para que você alcance seus desejos pessoais respeitando também a vontade, desejo, complexidade e sofrimento alheio.
Não devemos viver a vida dos outros! Mas também não devemos impedir que elas possam viver bem! Sejamos meros coadjuvantes na vida dos outros e na nossa, definitivamente, precisamos ser o protagonista!